A cobertura da imprensa sobre o desastre de Mariana, está sendo parcial ou imparcial?
Até onde vamos chegar ?
Nos últimos dias, diversas tragédias assolaram o mundo. Aqueles que, como nós, não vivenciaram os acontecimentos diretamente, tomaram conhecimento deles a partir do recorte e da construção midiática do fato: crime ambiental em Minas Gerais
A tragédia do rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG), no dia 5 de novembro, que matou 12 pessoas, deixou 11 desaparecidos, centenas de desabrigados e um rio morto, poderia ter sido evitada, mas a mídia desconhecia o problema e não deu a devida importância no início da cobertura.
A reflexão sobre a imprensa é que a tragédia começa antes, tem o momento do ápice e vai ser desdobrar pelo menos por algumas décadas. A gente não pode deixar isso para trás, quando acabarem as imagens da lama. Esse é um grande desafio. Outro desafio talvez seja conseguir gerar matérias que consigam prever acidentes desse tipo. A gente precisa ter mais institucionalidade para evitar os acidentes e a imprensa deveria participar disso, deveria estar mais capaz de cobrir a falta de transparência, os problemas de licenciamento, toda a sucessão de coisas que levou a um acidente que é inadmissível, que deveria ser de baixíssimo risco
A explosão de duas áreas de contenção de rejeitos tóxicos da Mineradora Samarco ocupou parte do noticiário da imprensa corporativa brasileira, mas foi na mídia internacional que apareceram detalhes mais completos sobre o caso, e sobre as corporações privadas envolvidas.
Um exemplo da diferença das coberturas dadas ao caso se refere aos termos usados para definir o que aconteceu.
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